Tuesday, September 30, 2008

I’m black and I’m evil, and I did not make myself (2x)
If my man don’t have me, he won’t have nobody else
I’ve got to buy me a bulldog, he’ll watch me while I sleep (2x)
Because I’m so black and evil, that I might make a midnight creep
I believe to my soul, the Lord has got a curse on me (2x)
Because every man I get, a no good woman steals him from me

* aí, paulera essa negrinha. escutando isso no fone de ouvido parece até que o mundo sumiu. funciona.
aliás, consegui isso no sundayblues.org, um blog de blues em todas suas variações e épocas. ótimo para você, que, assim como eu, está ai sentado na frente do monitor, com uma mão no saco e outra no mouse, sem nada para fazer, vasculhar.

cachorro louco blues

eu não vou mentir, mãe. hoje vou passar a noite na rua. para procurar o desgraçado que roubou minha mulher e esfaquear os dois, fazê-los de picadinho. ao amanhecer, volto para casa e, no final da tarde, vou até o pastor pedir perdão. eu não vou mentir, mãe. sei que não sou um cara fácil de lidar, mas o que aquela vagabunda fez comigo não foi justo. e eu não vou aceitar os fatos como esses malditos corteses urbanos. pretendo consumar minha vingança e tentar a sorte em outro lugar. já tenho tudo preparado. eu não vou deixar barato. e não me importa o que os vizinhos vão falar. nem a foto dos cadáveres no jornal. eu não vou deixar barato. e não vou mentir, mãe. ando triste e definhado. contudo, vou me sentir bem melhor quando tudo isso acabar e eu estiver tomando meu trago.

Friday, September 26, 2008

no domingo



Clássicos do folk e "malditos" da MPB na Folk This Town - 28/09

Fechando o segundo mês da nova fase da Folk This Town (sempre no excelente Bar B), o dia 28 de setembro traz uma noite de homenagens, com dois projetos especiais mostrando clássicos folk (Donovan, Leonard Cohen) e os chamados "malditos" da MPB.

O Benção Maldita (trio formado por membros da banda Fábrica de Animais - a atriz Fernanda D´Umbra e os músicos Sérgio Arara e Flávio Vajman) prepara um show exclusivo com repertório em que homenageiam três dos grandes compositores "malditos" da MPB: o carioca Jards Macalé, o paulistano Itamar Assumpção e o capixaba Sérgio Sampaio.

Folk Sinister é um projeto do músico Ricardo Melo (da banda Le Rock Démodé), voltado ao folk norte-americano dos anos 60 e às suas reverberações no continente europeu. O repertório, cheio de clássicos, inclui canções de Simon & Garfunkel, do canadense Leonard Cohen e do escocês Donovan Leitch, além de alguns temas de sua própria autoria.

A festa

Tem festa pra tudo em São Paulo, não? Anos 90, electro-punk-house, hardcore caipira. Mas a metrópole não tem nenhuma noite dedicada ao folk e outras manifestações mais "tranqüilas" de música. Quer dizer, não tinha. A festa Folk This Town, projeto no Bar B, abre espaço para os violões, sussurros e um clima mais intimista - nada de "pista fervendo", o negócio é gente sentada, boa companhia e ótimo som. O projeto rola quinzenalmente, aos domingos e cedinho, sempre no Bar B (rua General Jardim, 43 - metrô República).
Na discotecagem, canções de gente como Grenade, Grateful Dead, The National, Neil Young, Belle & Sebastian, The Band, Cat Power, Moldy Peaches, The Byrds, Neutral Milk Hotel, Big Star, Bob Dylan, Son Volt, Nick Drake, Will Oldham e outros heróis do violão (plugado ou não). A festa abre às 18h, e os shows começam às 20h.

Folk This Town com Folk Sinister e Benção Maldita (http://folkthistown.wordpress.com/)
Bar B
Rua General Jardim, 43 (a 100m do metrô República)
Tel: 3129-9155Dia 28/09 (domingo)
A partir das 18h (Primeiro show a partir das 20h)
Entrada: R$ 5,00

Rodrigo Sommer

Wednesday, September 17, 2008

Na semana passada os nova-iorquinos do The Walkmen lançaram o álbum “You & Me”, e, assim, pode ir sossegado que é bom. Dessa vergonhosa safra de bandas de rock que apareceram nos últimos 12 anos, The Walkmen é uma das poucas que conseguem soar honestas e sem a afetação juvenil oligofrênica típica, principalmente, das bandas inglesas. Algumas músicas me trazem uma sensação semelhante a passar a noite de Natal sozinho. Escute “In the New Year” para me entender. Na verdade, foda-se.



“You & Me” – The Walkmen (via rapidshare)

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Olha ai o Grampá



eu tenho a versão gringa que ganhei das mãos desse maldito - que vai desenhar o Constantine com roteiro do Brian Azzarello até o final do ano - e não empresto. por isso, passe lá para garantir o seu exemplar.

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e eu estou na primeira edição da XOK.

a revista eletrônica que minha amiga Atena produziu sozinha.

aqui as infos:

XOK #01

NASCEU! Uma gestação de dois anos, mas finalmente consegui tirar do papel e jogar na rede uma publicação de arte que reune artistas - a primeira edição são 16 brazucas espalhados no mundo - de diversas formas de expressão.

A #01 traz os seguintes artistas:
JULIANA MANARAGINI,
O FELIPE e BIEL
CARLOS CARAH
ELUSA PRADO
SUSS4
FABIO SPAVIERI
BKLEEMANN
FONIX
LUCÓN
GIU GUERRA
VERIDIANA MORAES
GABRIELA DIAS
ATENA KASPER
DESIRÉE FRANCO
BEL KASPER

O Blog da XOK com todas as infos:
http://xokmag.wordpress.com/

Para Visualizar a revista sem fazer download:
http://www.flickr.com/atenakasper

O link para download gratuito da revista:
http://www.badongo.com/pt/file/11328273

ou

http://www.megaupload.com/pt/?d=1LS56JKT

Monday, September 15, 2008

fora do lugar

ou
my mind is rambling*

Sob o céu laranja, caminho numa rua deserta com nome de mulher, de um bairro operário, que termina no horizonte. De lugar para lugar nenhum. Não me pergunte como me sinto. Não quero você por perto. Vejo a tarde cair com a temperatura. E não estou brincando. Um clima de fim de noite que se apressa. Um aperto no peito que finjo esconder. Montanhas de lixo acumuladas sob os postes. Tudo fica para trás. Do jeito que sempre deveria ser. Aos sábado aqui não há ninguém. Arrasto minhas solas pela calçada estreita do lado direito, bem rente ao muro de reboco aparente. As duas mãos no bolso. Ao meu redor, grandes galpões com pequenas janelas no topo e telhas de amianto. Não encontro razão, apenas um carro estacionado com a roda dianteira sobre a guia. Um Variant bege. Não existem interfones ou caixas de correio. Não existem mensagens ou nada que valha por aqui. Apenas portões e grades de metal. E a distância de casa. Tento me lembrar de dias que nunca aconteceram. Tudo. Estradas que não percorri. Amigos que nunca tive. Uma história que dormi antes do final. O vento sopra suave de um lugar distante. Em toda minha vida, sempre fui uma pessoa triste. Nascido para perder. Num bairro operário, minhas pernas cansam. E eu caminho sob o céu laranja que reflete nos portões de metal. De lugar para lugar nenhum. Onde nada acontece numa rua com nome de mulher.

* incessantemente, escuto essa música de Junior Kimbrough.

Thursday, September 11, 2008

Alicate

já faz uma cara
um período
um bom tempo
que me sinto seco. áspero.
como casca de ferida
como quadro negro
taco
falta-me concentração
ar

esses dias aí,
piorei
meu melhor amigo foi dar uma volta.
num domingo
numa noite
que dormi
e cansado acordei
sem miado
escutei carros
o barulho silencioso dos vizinhos
a chinela no assoalho
e então

veio o dia fatal

que dormi de novo
e acordei
no outro

descalço
empacado
descastrado

perdi meu amigo
o gato

fiquei chateado
quieto
vago

as avenidas choram
e eu sonho
com tragédias
atropelamentos
amizades que se vão
e pessoas que se fodam


Tuesday, September 09, 2008

O grande truta Rubens K, que agora é baixista do Fábrica de Animais, falou tudo sobre a Festa de Merda.

Passa lá no ótimo blog do cara.

só posso dizer que foi

doidera.

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E nesta quarta:



Bill Callahan se apresenta no StudioSP.

no dia seguinte, dá um pulo em Ribeirão Preto, segundo o Drag City.

sob efeito de remédios

quando era um fedelho, sempre achava piegas alguém chamar algo de lindo. hoje, no auge da minha sabedoria, até aqui, percebo que sou cego para esse tipo de coisa. talvez eu não seja um cara decente. apenas disse, que o nada pode ser lindo. como as poucas janelas abertas daquele edifício. talvez a fé tenha algo escondido, grande demais para ser enterrado. ou não querem enxergar de novo. nesse estágio, é difícil explicar porquê estava pensando em você quando pulei. agora, confinado nessa poltrona, tudo parece mais escuro. ninguém abre mais as janelas do edifício. é bem provável que poucos durmam tranqüilo a essa hora da madrugada. como os pássaros pendurados nos fios da rede elétrica. há muitas sirenes no meu bairro. sempre que alguma soa, sei que alguém sofre. pássaros perdem o equilíbrio, porém, eles possuem asas e um coração pequeno. eu não durmo agora. nem depois. penso nos idiotas que acham as coisas maravilhosas e fazem canções falando disso.

Tuesday, September 02, 2008

opa

sempre achei que estava andando pro lado errado 

sempre achei isso

agora

hoje 

é

tenho certeza

que a bifurcação

era 

aquela lá